O vereador Aurélio (PT) enviou indicação solicitando
Audiência Pública na Câmara Municipal de Imperatriz para discutir o atraso nas
obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Grande Cafeteira e Vila
Fiquene. A indicação será discutida na sessão ordinária desta terça-feira (26) e
também leva o nome dos vereadores Carlos Hermes (PCdoB) e Caetana Frazão (PSDB).
Imperatriz
foi uma das cidades contempladas com os recursos do Governo Federal no ano de
2007, quando as obras tiveram início. Em 2010, foi assinado outro convênio
entre Governo Federal e Estadual, conhecido como o PAC-2. Parte do projeto
prevê a construção de casas populares e serviços
de terraplanagem e asfaltamento de ruas e avenidas compreendendo os pólos da região da Grande
Cafeteira e Vila Fiquene. Três anos depois, as obras ainda não
foram concluídas e estão em estado de abandono.
Considerado
o maior projeto do Governo Federal, o PAC consiste na construção de 400 casas
populares no conjunto habitacional “Recanto Universitário” e saneamento básico,
ambos na Vila Fiquene e o projeto de pavimentação asfáltica da Vila Cafeteira,
incluindo drenagem, rede de esgoto, meio fio, sarjeta e iluminação pública.
Segundo o
cronograma, todas as obras do projeto deveriam ter sido entregues em dezembro
de 2012, mas cerca de quatrocentas casas populares emperraram na fase de
acabamento e estão em estado de deterioração e abandono. Na Vila Cafeteira,
moradores reclamam do péssimo serviço prestado. Além do asfalto de má
qualidade, as fossas residenciais estão entupidas, resultando no estouro de
praticamente todas as bocas de lodo.
Para que
sejam entregues, inúmeros serviços deverão ser refeitos, distanciando cada vez
mais a população do sonho da casa própria. As casas do “Recanto Universitário”,
antes mesmo de terem sido entregues, já apresentam rachaduras nas paredes, estão
tomadas pelo mato, tiveram telhados arrancados, faltam portas e,
principalmente, responsabilidade por parte do poder público municipal.
Diante
dessa realidade, o vereador Aurélio destaca a importância de exigir explicações
e soluções para reverter a situação daqueles que seriam beneficiados. “Precisamos
urgentemente discutir o atraso nas obras e o descaso por parte da prefeitura. É
dinheiro público que está sendo jogado fora enquanto a população mora em área
de risco e espera pela casa própria”.
Durante a
sessão de terça-feira (25) serão definidos os próximos passos para que seja
possível a realização da Audiência, tais como data e convidados.