O Dia das Mães se aproxima e os
dois filhos de Francisca de Sousa da Silva não poderão homenageá-la como
planejam este ano. Faltando exatos 15 dias para o Dia das Mães, comemorado do
segundo domingo de maio, o jovem de 19 anos e o irmão mais novo, de apenas 12,
receberam a triste notícia. A mãe, que voltava com o marido, padrasto dos
meninos, da chácara da família, morreu em um acidente na Avenida Pedro Neiva de
Santana, quando a motocicleta do casal foi colhida por trás por um carro que
transportava uma moto que acabará de participar de um enduro na vizinha cidade
de João Lisboa-MA. Ela morreu na hora, sem tempo de abraçar os filhos pela
última vez. O marido, continua internado em estado grave na UTI de um hospital
em Imperatriz.
O condutor do veículo
atropelador fugiu do local. Mais um agravante. Enquanto polícia e populares o
seguiam, o amigo dele, cúmplice do acontecido, escondeu uma garrafa de bebida
que estava dentro do carro. A cena foi presenciada. Em poucos minutos, quem
escondeu a bebida estava detido junto com o condutor do carro que atropelou e
matou dona Francisca. A justiça parecia que tinha dado uma resposta rápida ao
carro. Parecia. Horas depois, os filhos choravam a morte trágica da mãe, o
rapaz que escondeu a garrafa com bebida foi liberado, e para doer duas vezes na
família enlutada, que conduzia o carro na hora do acidente foi liberado também,
por volta das 5h40 da manhã do dia seguinte, pela porta da frente da delegacia,
de cabeça erguida, sem ninguém ver.
A justiça ouviu o motorista envolvido
no acidente, analisou e o manteve seguro por aproximadamente 15 horas. Ao caso
foi atribuído o crime de homicídio culposo. Embora a palavra possa confundir,
mas o culposo aplicado no termo, justifica que não houve intenção de matar. Foi
o que a justiça entendeu. Além de uma
dor, duas: uma pela falta eterna da mãe. E a outra?